
Tradicional Réveillon da Orla da Atalaia pode não ser realizado este ano em Aracaju, porque de acordo com a prefeitura não há condições de se investir cerca de R$ 1,2 milhão na produção da festa no atual momento financeiro enfrentado pela administração municipal; em contrapartida, o setor hoteleiro afirma estar havendo uma queda de mais de 30% no total de reservas realizadas em 2014 em relação ao mesmo período do ano passado, quando cerca de 95% das vagas oferecidas pelos hotéis aracajuanos foi fechada; prefeitura quer que hotéis invistam R$ 500 mil para que festa aconteça
9 DE DEZEMBRO DE 2014 ÀS 08:20
Gabriela Frades, do Jornal da Cidade - O tradicional Réveillon da Orla de Atalaia pode não ser realizado este ano em Aracaju, porque de acordo com a prefeitura não há condições de se investir cerca de R$ 1,2 milhão na produção da festa no atual momento financeiro enfrentado pela administração municipal. Em contrapartida, o setor hoteleiro afirma estar havendo uma queda de mais de 30% no total de reservas realizadas em 2014 em relação ao mesmo período do ano passado, quando cerca de 95% das vagas oferecidas pelos hotéis aracajuanos foi fechada. Uma reunião entre as secretarias envolvidas na organização do evento para definir os detalhes da festa foi realizada na última quarta-feira, 3, mas nada ficou definido.
Uma das alternativas sugeridas pelo secretário de Comunicação do município, Carlos Batalha, foi a colaboração dos 40 hotéis da capital com a quantia de R$10 mil, para patrocinar o evento. “Não é novidade para ninguém que as contas municipais não estão vivendo seu melhor momento. Estamos passando por uma situação muito difícil, ainda mais no final de ano quando são pagos, além dos salários, o 13º dos servidores. Temos que pesar ainda o superfaturamento dos artistas nacionais, pois queríamos trazer uns dois para nossa festa, por isso estamos analisando tanto. Se cada um dos hotéis fizesse essa doação conseguiríamos quase meio milhão de reais e a festa seria realizada tranquilamente”, afirmou o secretário.
Faltando exatos 25 dias para a chegada do Réveillon e sem nenhuma definição sobre o acontecimento, ou não, da festa a procura de turistas pelos pacotes de viagem com destino à Aracaju e até mesmo dos sergipanos pelos bares locais ainda não atingiu 5% do esperado para o período. Para Daniela Mesquita, presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (Abih), o secretário foi infeliz em sua colocação, pois de acordo com ela, a festa não é voltada exclusivamente ao setor hoteleiro e sim à população aracajuana que neste final de ano não poderá contar com uma opção de lazer para curtir a virada de ano.
“Os aracajuanos pagam seus impostos e contribuem para que a receita da gestão municipal esteja em dias. A festa é para essas pessoas. É uma obrigação do município para com eles. O Réveillon na Orla não beneficia apenas o setor hoteleiro, mas sim uma série de segmentos turísticos como bares, restaurantes, taxistas, comerciantes ambulantes e muito mais. Cobrar essa ‘ajuda’ do setor hoteleiro é ainda não reconhecer os inúmeros investimentos do setor em publicidade na divulgação do nome de Sergipe Brasil afora, pois desde 2002 temos nos empenhado nisso e até hoje, se colocarmos na ponta do lápis, o município não investiu 20% em divulgação se comparado aos hotéis”, garante.
Ainda de acordo com Daniela, a colocação do secretário foi egoísta e para evitar que situações como esta voltem a acontecer os representantes da Abih e seus membros já pensam em contratar uma empresa especializada na realização de eventos para realizar uma grande comemoração privada no Réveillon dos anos seguintes. “É lamentável a não existência do Réveillon 2014, pois dessa forma a prefeitura não está pensando na população, nem nos turistas que chegam à capital e injetam dinheiro na nossa economia. Mas já estamos pensando em organizar uma grande festa no próximo ano e nos demais para evitar essa dependência do setor público, que mais uma vez nos deixa na mão. Outro ponto interessante é que a proposta foi feita apenas para os donos de hotéis e não para todo o trade turístico”, complementa.
No ano passado as atrações regionais que se apresentariam na noite da virada em Aracaju só foram divulgadas 13 dias antes do acontecimento do evento. Mesmo com o sucesso de procura registrado no ano passado, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Augusto José de Carvalho, afirma que fazer o mesmo sem nenhuma atração é uma missão quase impossível. “Isso porque os turistas e especialmente os próprios sergipanos, da capital e do interior, gostam de se programar para curtir com opções mais em conta, como é o caso da virada de ano na Orla de Atalaia. As pessoas gostam de reservar as mesas nos bares próximos para curtir os dois, mas se há uma demora muito grande nessa divulgação ou a inexistência do evento, as pessoas começam a pesar se vale a pena esperar e de repente não ter boas opções, então vão para outros estados”.
Faltando exatos 25 dias para a chegada do Réveillon e sem nenhuma definição sobre o acontecimento, ou não, da festa a procura de turistas pelos pacotes de viagem com destino à Aracaju e até mesmo dos sergipanos pelos bares locais ainda não atingiu 5% do esperado para o período. Para Daniela Mesquita, presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (Abih), o secretário foi infeliz em sua colocação, pois de acordo com ela, a festa não é voltada exclusivamente ao setor hoteleiro e sim à população aracajuana que neste final de ano não poderá contar com uma opção de lazer para curtir a virada de ano.
“Os aracajuanos pagam seus impostos e contribuem para que a receita da gestão municipal esteja em dias. A festa é para essas pessoas. É uma obrigação do município para com eles. O Réveillon na Orla não beneficia apenas o setor hoteleiro, mas sim uma série de segmentos turísticos como bares, restaurantes, taxistas, comerciantes ambulantes e muito mais. Cobrar essa ‘ajuda’ do setor hoteleiro é ainda não reconhecer os inúmeros investimentos do setor em publicidade na divulgação do nome de Sergipe Brasil afora, pois desde 2002 temos nos empenhado nisso e até hoje, se colocarmos na ponta do lápis, o município não investiu 20% em divulgação se comparado aos hotéis”, garante.
Ainda de acordo com Daniela, a colocação do secretário foi egoísta e para evitar que situações como esta voltem a acontecer os representantes da Abih e seus membros já pensam em contratar uma empresa especializada na realização de eventos para realizar uma grande comemoração privada no Réveillon dos anos seguintes. “É lamentável a não existência do Réveillon 2014, pois dessa forma a prefeitura não está pensando na população, nem nos turistas que chegam à capital e injetam dinheiro na nossa economia. Mas já estamos pensando em organizar uma grande festa no próximo ano e nos demais para evitar essa dependência do setor público, que mais uma vez nos deixa na mão. Outro ponto interessante é que a proposta foi feita apenas para os donos de hotéis e não para todo o trade turístico”, complementa.
No ano passado as atrações regionais que se apresentariam na noite da virada em Aracaju só foram divulgadas 13 dias antes do acontecimento do evento. Mesmo com o sucesso de procura registrado no ano passado, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Augusto José de Carvalho, afirma que fazer o mesmo sem nenhuma atração é uma missão quase impossível. “Isso porque os turistas e especialmente os próprios sergipanos, da capital e do interior, gostam de se programar para curtir com opções mais em conta, como é o caso da virada de ano na Orla de Atalaia. As pessoas gostam de reservar as mesas nos bares próximos para curtir os dois, mas se há uma demora muito grande nessa divulgação ou a inexistência do evento, as pessoas começam a pesar se vale a pena esperar e de repente não ter boas opções, então vão para outros estados”.
Sobre NIVALDO JOVEM
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